terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Balanço da avaliação do 1º Período

O processo de avaliação é um processo contínuo que tem ao seu dispor variados instrumentos que visam avaliar as três competências fundamentais em termos filosóficos (competências básicas - de identificação -; intermédias - de análise - e de desenvolvimento - que implicam o comentário, a crítica e a avaliação -). Neste sentido e tendo em conta as características das turmas em avaliação (no caso dos cursos científico-tecnológicos do 10ºT5 - turma de ciências -; 11ºE1 - turma de economia -; 11ºH1 - turma de línguas e humanidades -) e, ainda, as matérias em leccionação foram utilizados instrumentos tanto de carácter teórico como prático e, ainda, de carácter pedagógico usual (dentro dos quais se encontram as fichas, os testes e os trabalhos de pares ou de grupo) ou de carácter pedagógico inovador (utilizando-se o moodle como plataforma de interacção - que não disponibilizava apenas os recursos para o estudo dos alunos, como propunha, ainda, trabalhos como a elaboração de glossários). Dos vários instrumentos utilizados e adaptados às especificidades das turmas devo salientar, em termos de classificações finais o seguinte:

10ºT5: esta é uma turma razoável que obteve uma média geral de 10,75 valores na disciplina de filosofia existindo quatro alunos com classificações negativas, o que dá 19% de negativas. De salientar é o facto de que para a grande maioria dos alunos esta era uma disciplina nova e diferente o que implicou um momento inicial de adaptação à terminologia, às metodologias de trabalho e de estudo com a atenuante de terem estado mais de um mês sem docente de português (o que se manifestou de forma negativa nas competências de análise e interpretação - competências intermédias -). Relativamente às classificações negativas refiro que a falta de motivação, empenho e trabalho face às actividades pedidas foram os factores cruciais que, com a alteração deste tipo de comportamento e atitude levará os alunos a recuperar com alguma facilidade (dependendo, certamente, da sua mudança de atitude).

11ºH1: esta foi uma turma que evoluiu bastante, no sentido positivo, desde o ano lectivo anterior. Neste primeiro período revelou apenas 6,25% de classificações negativas (apenas um aluno) que, no caso específico resultou da não elaboração de um momento de avaliação que tinha em linha de conta as três competências (e não justificação da falta ao mesmo). Considero que se continuar neste caminho a turma tem fortes possibilidades de terminar com 100% de classificações positivas. A média geral da turma foi de 13,3 valores, oscilando as classificações entre os 8 e os 17 valores.  

11ºE1: apesar de manifestarem um comportamento pouco adequado para a idade, os alunos desta turma manifestam boas competências no domínio filosófico revelando uma média geral de 13, 5 valores (oscilando as classificações entre os 9 e os 18 valores); apesar disso as classificações negativas são de 12,5% existindo duas negativas em 16 alunos. Existindo uma mudança de atitude por parte dos alunos com classificação negativa as possibilidades de passarem para uma classificação positiva são bastantes. 

Com algumas alterações de comportamento por parte dos alunos e com algumas estratégias diferenciadas em termos de abordagem às matérias e de instrumentos de avaliação as possibilidades de superação de dificuldade dos alunos são altamente prováveis, tudo dependerá em primeiro lugar da sua alteração atitudinal e, em segundo lugar, da abordagem diferenciada que será efectuada no segundo período (em termos de metodologia e de instrumentos de avaliação serão introduzidas metodologias activas como o trabalho em Aprendizagem Cooperativa).

Relativamente ao Ensino Profissional a abordagem foi diferenciada tanto em termos disciplinares (as turmas 10PINF e 12PDG têm a disciplina de Área de Integração e enquanto que a primeira tem três horas semanais a segunda tem quatro; o 11ºPAP tem a disciplina de Psicologia com quatro horas semanais) como em termos das metodologias utilizadas nas turmas (nomeadamente em relação ao 10 PINF e ao 12 PDG).

10ºPINF: esta é uma turma com características muito específicas na medida em que tem 22 alunos - na disciplina de A.I.  (turma demasiado grande para um ensino profissional de qualidade) - e em que todos os alunos são do sexo masculino. Apesar de não serem insolentes, na minha perspectiva, são alunos que requerem um tipo de trabalho mais próximo e mais concentrado (para que as atenções não se desfoquem para outros assuntos). Apesar de ainda não ter terminado o 1º módulo, as avaliações levadas a cabo até agora não são negativas (apesar de existirem alguns alunos com avaliações negativas), mas poderiam ser melhoradas se os alunos modificassem as suas atitudes em sala de aula e relativamente ao trabalho aí efectuado e, se fizessem todos os trabalhos propostos (o que poderá levantar problemas em termos da avaliação final do módulo). Foi entregue uma avaliação intercalar à directora de turma onde constavam os registos das avaliações efectuadas até ao momento, bem como uma análise geral e outro mais detalhada (de alguns alunos) relativamente ao comportamento e aproveitamento da turma.

11º PAP: a turma de técnicos de apoio psicossocial do 11º ano é constituída maioritariamente por alunos do sexo feminino (há apenas 1 rapaz) - num total de 17 alunos - e é considerada, maioritariamente, uma turma com bons resultados escolares e com bastante boas capacidades de trabalho tanto em termos cognitivos como em termos práticos (se bem que neste domínio estão ainda num processo de evolução mais lento, denotando-se algumas dificuldades de adaptação da teoria à prática). Em termos de processo avaliativo foram utilizados variados instrumentos - desde relatórios / trabalhos individuais ou em grupo até aos mais tradicionais ficha / teste ou aos menos tradicionais glossário  virtual (elaborado no moodle) - o que surtiu um efeito bastante positivo tanto em termos do processo cognitivo e práticos dos alunos até às classificações finais dos mesmos. Neste sentido todos os alunos ficaram aprovados no Módulo V tendo as notas oscilado entre os 11 e os 17 valores, auferindo-se uma média geral de 13,94 valores.

12º PDG: sendo uma turma constituída por 13 alunos dir-se-ía, à partida, que seria uma turma de fácil lidação em sala de aula. Isso não deixa de ser verdade; apesar disso esta turma requer um tipo de trabalho mais prático e mais centrado na sua própria área de estudo (desenho gráfico) porque para eles um simples relatório tem de ter uma página embelezada individualmente o que tem, efectivamente, de ser considerado no seu processo avaliativo. Assim considerei que os trabalhos de cariz mais prático e efectuados em sala de aula (na sua totalidade) são os que mais se adequam a esta turma que, aproveita grande parte dos recursos disponíveis online para efectuar os seus trabalhos, fazendo uma apropriação da teoria num domínio da prática. Em termos de instrumentos de avaliação houve uma variação dos mesmo sendo de ressalvar o facto de que o teste nesta turma não surtiu um efeito positivo e que a melhor estratégia será substituí-lo pelos trabalhos / relatórios individuais. O mesmo aconteceu com o portefólio que foi entregue apenas por 3 alunos. Neste sentido terá de haver o redimensionamento da utilização de instrumentos no processo de avaliação destes alunos referindo que os melhores são efectivamente os virtuais, na medida em que os alunos além de terem boas capacidades de trabalhar com eles, sentem-se motivados para tal. Relativamente às classificações no Módulo I todos os alunos ficaram aprovados e as classificações oscilaram entre os 10 e os 16 valores, auferindo-se uma média de 13 valores.

Penso que face ao descrito se pode considerar que o registo de classificações negativas - apenas nos cursos científico - tecnológicos - é residual e que tendencialmente baixa com a modificação de atitude face ao trabalho em sala de aula dos alunos com classificações negativas e ao reajustamento de estratégias metodológicas e pedagógicas (que serão efectuadas neste segundo período); em relação ao ensino profissional irão existir algumas alterações em termos metodológicos e pedagógicos (especificamente, de momento, para o 11ºPAP e 12ºPDG) apenas do sentido de melhorar as aprendizagens dos alunos e de aproveitar as suas motivações relativamente a outros recursos ainda não explorados (nomeadamente recursos de carácter virtual).

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