sábado, 27 de novembro de 2010

18 de Novembro - Dia Internacional da Filosofia

No passado dia 18 de Novembro, 5ª feira comemorou-se o Dia Internacional da Filosofia dia que, desde 2002, se comemora na terceira quinta feira do mês de Dezembro.
Neste dia decidi levar a cabo uma actividade com os alunos do 10ºT5 que consistiu na elaboração de um poema sobre Filosofia e elaboração de um desenho alusivo ao mesmo. Aqui ficam os resultados da actividade:



Filosofia basicamente é uma forma de pensar
Ninguém pode estudá-la ou decorá-la
Pensa com criticidade, é como um novo Mundo lá fora
Para a perceber, só a filosofar



Aristóteles e outros filósofos
Para fugir à ignorância, andaram em busca de várias questões
Para lidar com os próprios actos
Temos de eliminar todos estes grilhões.


Do amor e da sabedoria nasceu a Filosofia
Uma disciplina que requer alguma destreza e outras formas de pensar
Onde nada se aprende, só se aprende a filosofar


Tal como muitas vezes ouvimos dizer
 "Aquele bacano sabes? Aristóteles ou lá o que é?
Defende que ser é uma escolha, não uma obrigação.
E mesmo incompreendidos, vivemos sem nenhuma condição."


Temos de conseguir ficar no meio do pensar e do agir
Temos de nos equilibrar no ficar e no fugir.
Fazer questões do tipo "Quem sou eu?
Onde fica a minha terra? Na cidade, ou na serra?"


Mandar tintas para uma tela, à espera que se comece a formar
Uma vida feitas de aguarelas, prestes a começar.
É como fazer rabiscos num livro, à espera que uma história comece
Mas tal como a filosofia nos diz: nada é o que parece.


E assim andamos todos os dias a cair no errado e a tropeçar no certo
Abrindo janelas, e fechando caminhos, a escolher o fácil e também o perto.
"Eu penso, logo existo", filosofia assim nasceu.
Quando aprendemos a filosofar, algo em nós renasceu.

                                                     Mariana, Maria Inês, Sofia e Lisandra

terça-feira, 23 de novembro de 2010

sábado, 20 de novembro de 2010

É importante mudar paradigmas na Educação...

Aqui está um vídeo que nos mostra como é importante mudar os paradigmas educacionais e posicioná-los na perspectiva de 'aprender a aprender'. As escolas têm de ser abertas e de deixar apenas de se centrar nas actividades científico-humanísticas. A necessidade de interacção entre aquelas áreas e as áreas que implicam criatividade e movimento são fundamentais. Há que mudar paradigmas na Educação.



A clarividência de Sir Ken Robinson acerca da Educação e do seu futuro...

Por uma Ecologia dos Saberes - A importância da Criatividade por António Figueiredo

A importância da criatividade na educação ligada ao hemisfério direito e ao seu desenvolvimento são o tema principal destes dois vídeos do professor e investigador António Dias Figueiredo. Vale a pena ver  e ouvir esta perspectiva de um homem da ciência que compreende a importância da criatividade, bem como a necessidade de uma nova forma de olhar para o processo de ensino - aprendizagem.



quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Avaliação Intercalar - Novembro

In http://lucianoaferreira.files.wordpress.com
A avaliação intercalar é um instrumento útil para a percepção dos resultados das actividades de ensino-aprendizagem desenvolvidos em sala de aula, bem como para a percepção de professores, alunos e encarregados de educação da situação real do educando num determinado momento da avaliação (antes  da saída das classificações finais - de período ou de módulo, conforme o caso dos cursos). Como é hábito meu entre a 2ª e a 3ª semana do mês de Novembro, dependendo das avaliações já efectuadas, elaboro a avaliação intercalar das turmas que tenho para dar conhecimento das mesmas tanto aos alunos como aos directores de turma, que por sua vez, servem de interlocutores com os encarregados de educação. Foi o que fiz, mais um vez neste ano lectivo. No entanto houve uma especificidade relacionada com as turmas que me foram atribuídas neste ano lectivo: relativamente aos cursos científico-tecnológicos o processo decorreu da forma como sempre decorre porque a avaliação intercalar faz-se mais ou menos a meio de cada período sendo referenciados os vários critérios avaliados até ao momento; nos cursos profissionais isso também aconteceu com a disciplina de Psicologia leccionada ao 11ºPAP (na qual foi feita uma avaliação do trabalho efectuado nos meses de Setembro e Outubro, na medida em que os alunos estarão ausentes todo o mês de Novembro por se encontrarem em estágio, sendo notificados por e-mail dos resultados dos trabalhos de grupo efectuados antes de se ausentarem), mas houve uma situação diferente em relação à disciplina de Área de Integração, na medida em que neste caso cada um dos módulo divide-se em três temas, pelo que a avaliação intercalar será feita de forma temática tendo sido, agora, efectuada a avaliação intercalar do 1º tema.
Dos resultados obtidos posso referir o seguinte em relação a:
1) Cursos Científico - Tecnológicos: nestes cursos lecciono a disciplina de Filosofia a uma turma de 10º ano (10ºT5) e a duas turmas de 11º ano (11º E1 e 11ºH1). Em relação ao 10ºT5 posso referir que em termos gerais esta turma teve uma boa receptividade em relação à disciplina, mas denotam ainda alguma imaturidade no domínio tanto da escrita como do pensamento reflexivo. Neste sentido, e ainda devido ao facto de terem estado quase um mês sem a disciplina de Português, as dificuldades ao nível da interpretação agudizaram-se o que levou a uma forte componente de competências de tipo II negativa em termos do teste. Para superar estas dificuldades foram implementadas algumas estratégias como a elaboração de pequenos trabalhos tanto em sala de aula como em casa e a elaboração, em cada aula, de um relatório da actividade de aula (cada dia é da responsabilidade de um aluno). No domínio da capacidade de reflexão começa agora a fazer-se um maior esforço que parece estar a ser positivo, mas está ainda em situação ‘embrionária’. O trabalho com filmes (para despertar a curiosidade dos alunos na pesquisa de informações) revelou-se bastante útil, pelo que será repetida mais vezes.  Relativamente ao 11º E1 refiro que o horário de funcionamento das aulas (2ª e 4ª das 17:00 às 18:30) é muito pouco apelativo para que os alunos tenham tanto uma atenção compenetrada como um comportamento bom. Neste sentido têm existido algumas situações comportamentais menos positivas que têm sido ultrapassadas através do diálogo; apesar disso passarão a ser utilizadas medidas mais rígidas em prol da necessidade de responsabilizar alguns alunos perante as suas atitudes menos correctas em sala de aula. Em termos de aproveitamento os alunos poderiam, caso trabalhassem um pouco mais em casa, usufruir de melhores classificações (penso que devido ao carácter da matéria – lógica – o alunos, pela área em que se encontram, ficaram com uma autoconfiança mais reforçada o que os levou a um estudo menos apurado para o teste (o que se revelou negativo, apesar das classificações positivas)).Finalmente a avaliação intercalar do 11º H1 mostra que em termos gerais tanto o comportamento como o aproveitamento da turma tem sido bastante positivo. Apesar disso há que ressalvar o comportamento negativo de alguns alunos  relativamente um colega (situação já recorrente do ano anterior) – já foi inclusive apresentada uma participação de ocorrência encaminhada para o gabinete de tutoria -. O redimensionamento da planta da sala de aula parece estar a ser uma vantajosa ajuda na resolução de algumas situações comportamentais. Em termos de desenvolvimento das matérias (dimensão lógica) a turma, pelo facto de ser da área de humanidades, revela algumas dificuldades, na compreensão da mesmo exigindo que a docente avance a um ritmo mais lento devido à constante necessidade de revisão e consolidação das matérias leccionadas. Esta metodologia tem-se revelado bastante proveitosa em termos da avaliação e da classificação obtida em situação de teste. Devo ainda salientar que, como se compreende, entre as turmas E1 (curso económico-social) e H1 (curso de línguas e humanidades) do 11º ano há diferenças consideráveis as quais têm sido ultrapassadas com um acompanhamento mais lento das matérias e maior actividade de exercitação ao nível da consolidação das mesmas.
2) Cursos Profissionais: nestes cursos lecciono as disciplinas de Área de Integração - ao 10ºPINF e ao 12ºPDG (sendo de salientar que o ritmo de avanço da leccionação decorre do número de aulas semanais que no primeiro caso é de três e, no segundo, de quatro) - e de Psicologia ao 11ºPAP. Em relação ao 10ºPINF saliento que em termos gerais a turma é faladora, mas os alunos não são mal educados e costumam acatar as ordens que lhes são dadas. Em termos de actividades reagem bem ao visionamento de filmes, à investigação individual ou em grupo e ao trabalho individual ou em grupo sobre filmes visionados ou temas trabalhados. É uma turma onde se tem de ter sempre em mente um trabalho eminentemente prático e onde os alunos possam colocar em práticas as aprendizagens da sua área de formação (informática); em relação ao 12º PDG os alunos não se dispersam em aulas mais expositivas (excepto em alguns casos) e até participam com alguma facilidade. Com uma metodologia mais prática todos os alunos têm uma participação mais activa e uma atenção mais evidenciada. Numa exigência de investigação todos os alunos são capazes de perceber o importante a investigar e todos têm a responsabilidade de cooperar (havendo, por vezes, alguns alunos que se dispersam um pouco mais, dependendo do tema em análise); e no que diz respeito ao 11ºPAP o aproveitamento este é positivo em todos os alunos, apesar de existirem alguns elementos com uma avaliação individual mais fraca; apesar disso as avaliações são o reflexo dos trabalhos dos alunos e da sua capacidade de trabalho em sala de aula. Em termos comportamentais a turma é boa, apesar de existirem elementos por vezes menos atentos, mas quando chamados à atenção retomam às actividades. Todas as estratégias utilizadas com esta turma surtiram bons resultados – são alunos que tanto em aula expositiva como em aula de investigação ou em aula teórico-prática têm uma boa recepção à mesma. O visionamento de filmes e de imagens como forma de motivar os alunos para o trabalho é, também, uma boa sugestão.
Do que foi realçado compreende-se que tem havido um empenho tanto da parte dos alunos como da parte da docente para que as actividades lectivas decorram da melhor forma em termos tanto científicos como pedagógicos, fazendo-se o uso das regras previstas no Regulamento Interno. Assim sendo com as turmas do ensino profissional o trabalho tem tido uma vertente mais prática procurando ir de encontro às actividades profissionais das mesmas, enquanto que nas turmas de ensino científico-tecnológico o rigor no domínio científico tem sido um dos objectivos fundamentais tendo em conta os ritmos e desenvolvimento diferenciados  de competências não só da turma em si, mas dos diferentes alunos. Saliento ainda o apoio que tenho dado aos diversos alunos através da plataforma Moodle e do uso do e-mail (para tirar dúvidas, colocar questões, entre outras) bem como as metodologias interactivas que começam agora a ser trabalhadas no sentido de motivar os alunos para aprendizagens significativas, diferenciadoras e com um pendor científico-pedagógico relevante.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O Big Bang e a Evolução do Universo - palestra com Paulo Crawford

In http://12dimensao.files.wordpress.com
Hoje realizou-se na Biblioteca da ESARS uma palestra proferida pelo Professor Doutor Paulo Crawford que nos veio (aos docentes) falar sobre a teoria do Big Bang e a Evolução do Universo. Como cosmólogo que é este professor tem uma capacidade fantástica de fazer passar a sua mensagem sobre a grande ignorância (95%) que temos sobre o Universo e o grande (pequeno) conhecimento que temos sobre o mesmo (apenas 5%). Assim sendo ele mostrou-nos a diferença entre a astronomia e a cosmologia, sendo que esta última se debruça sobre a origem, evolução, composição e estrutura do universo, estudando assim aquilo que é de grande escala (por oposição ao estudo de pequena escala - específica da astronomia). Mas afinal existiu ou não o Big Bang? O que se entende por esta teoria? O que é isso de expansão do universo? Estas foram talvez as grandes questões colocadas pelo professor Crawford. Pode afirmar-se que houve, efectivamente algo, que se poderá chamar de aquecimento ou temperatura elevada inicial que levou à expansão do universo tornando-o por um lado mais frio e, por outro, menos denso; apesar disso é especulação afirmar a existência de uma explosão originária real, é apenas uma teoria, eventualmente a mais próxima da realidade que existe actualmente porque a mesma mostra aquilo que é efectivamente científico que é a expansão do próprio universo. Segundo os estudos científicos pode afirmar-se que o universo tem 13,75 giga anos mas o seu diâmetro de expansão é de 84 milhares de milhões de anos-luz, sendo que a expansão é algo de real e que acontece em termos tridimensionais em termos espacial ou quadrimensional em termos espácio-temporal. A teoria do Big Bang é, portanto, uma teoria que embora especulativa tem um fundamento de verdade certamente ligado à expansão do universo. Estas foram talvez as ideias centrais a reter. Uma outra ideia que me chamou a atenção foi a do vácuo. O que é o vácuo? Será o nada? Mas será que existe o nada??? 
In http://molokovellocet.zip.net
É actualmente aceite que o vácuo está povoado de partículas virtuais, partículas estas que já existem, mas que só se materializam se houver um campo de energia favorável a essa materialização. Isto vem mais uma vez mostrar que a ciência tem um grande pendor de especulação  (é antes de mais teórica) e que as verdades científicas são sempre aproximações sucessivas à realidade, mas que, efectivamente, não são a verdade absoluta porque esta não existe (em si); ela é apenas um guia orientador, um ideal para o qual as teorias científicas tendem como nos mostram tanto Popper como Kuhn. 
Desta palestra retive algumas ideias centrais, as quais serão úteis no domínio da epistemologia (11º ano) nomeadamente para mostrar como as teorias científicas não são verdades absolutas, mas sim hipóteses em construção, muitas vezes destronadas por outras melhores. Esta aproximação entre a ciência e a filosofia, através da epistemologia, é central para mostrar que os conhecimentos não são estanques mas sim mobilizadores do entendimento humano na sua globalidade.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Vertente Profissional, Social e Ética - Análise de diagnóstico

In http://2.bp.blogspot.com

De acordo com o Despacho n.º 16034/2010 "A dimensão profissional, social e ética representa a vertente deontológica e de responsabilidade social da prática docente na qual se destaca  a atitude face ao exercício da profissão." Neste sentido esta vertente é  transversal e enquadra-se tanto na dimensão deontológica como ética da profissão, o que nos dá entender, à partida, que questões relacionadas com os deveres profissionais de participação, assiduidade, pontualidade, assumpção de compromissos com as diferentes estruturas, responsabilidade na participação, desenvolvimento e cumprimento de tarefas tanto de ordem profissional - do domínio do ensino-aprendizagem - como social - de participação na vida na escola e relação com a comunidade - ou de formação contínua -. Por isso "Nesta dimensão sobressai o compromisso com o desempenho profissional, ou seja, o reconhecimento da responsabilidade individual pelo cumprimento da missão social. Daqui decorre a assunção da responsabilidade pela construção e uso do conhecimento profissional, assim como pela promoção da qualidade do ensino e da escola. (...)" o que denota que esta dimensão não pode nunca ser vista de forma  separada das restantes, mas "No que diz respeito à dimensão profissional, social e ética, esta deve ser entendida de forma transversal às restantes dimensões. É uma vertente que atravessa a totalidade do desempenho docente, seja qual for o espaço de actuação do docente e a dimensão que estiver a ser considerada.". Sendo caracterizada como uma dimensão integrada nas outras um diagnóstico ou avaliação sérios implica a visão geral das dimensões já diagnosticadas porque neste domínio " Não se trata assim de uma dimensão a adicionar às restantes, mas da expressão do modo como, em cada uma das três outras dimensões, o docente revela o seu grau de compromisso e responsabilidade profissional, ético e social.", o que denota que esta vertente é uma dimensão interdisciplinar, relativamente às outras e é o resultados das acções presentes nas outras vertentes. Por isso "Em termos avaliativos, a descrição dos indicadores desta dimensão transversal tem assim de ser realizada em articulação com as outras dimensões e respectivos domínios.". Como se entende com relativa facilidade o diagnóstico e avaliação desta vertente releva do grau de compromisso e de responsabilidade com que o profissional encara e leva a cabo a multiplicidade das tarefas, não só das que foi incumbido, mas ainda daqueles em que participa de forma livre e espontânea, pelo que o assumir do grau máximo de compromisso e de responsabilidade perante essas tarefas originará a qualidade das mesmas de forma relativamente mensurável, levando à percepção (mais ou menos subjectiva e mais ou menos objectiva) da avaliação desta mesma vertente.