In http://12dimensao.files.wordpress.com |
Hoje realizou-se na Biblioteca da ESARS uma palestra proferida pelo Professor Doutor Paulo Crawford que nos veio (aos docentes) falar sobre a teoria do Big Bang e a Evolução do Universo. Como cosmólogo que é este professor tem uma capacidade fantástica de fazer passar a sua mensagem sobre a grande ignorância (95%) que temos sobre o Universo e o grande (pequeno) conhecimento que temos sobre o mesmo (apenas 5%). Assim sendo ele mostrou-nos a diferença entre a astronomia e a cosmologia, sendo que esta última se debruça sobre a origem, evolução, composição e estrutura do universo, estudando assim aquilo que é de grande escala (por oposição ao estudo de pequena escala - específica da astronomia). Mas afinal existiu ou não o Big Bang? O que se entende por esta teoria? O que é isso de expansão do universo? Estas foram talvez as grandes questões colocadas pelo professor Crawford. Pode afirmar-se que houve, efectivamente algo, que se poderá chamar de aquecimento ou temperatura elevada inicial que levou à expansão do universo tornando-o por um lado mais frio e, por outro, menos denso; apesar disso é especulação afirmar a existência de uma explosão originária real, é apenas uma teoria, eventualmente a mais próxima da realidade que existe actualmente porque a mesma mostra aquilo que é efectivamente científico que é a expansão do próprio universo. Segundo os estudos científicos pode afirmar-se que o universo tem 13,75 giga anos mas o seu diâmetro de expansão é de 84 milhares de milhões de anos-luz, sendo que a expansão é algo de real e que acontece em termos tridimensionais em termos espacial ou quadrimensional em termos espácio-temporal. A teoria do Big Bang é, portanto, uma teoria que embora especulativa tem um fundamento de verdade certamente ligado à expansão do universo. Estas foram talvez as ideias centrais a reter. Uma outra ideia que me chamou a atenção foi a do vácuo. O que é o vácuo? Será o nada? Mas será que existe o nada???
In http://molokovellocet.zip.net |
É actualmente aceite que o vácuo está povoado de partículas virtuais, partículas estas que já existem, mas que só se materializam se houver um campo de energia favorável a essa materialização. Isto vem mais uma vez mostrar que a ciência tem um grande pendor de especulação (é antes de mais teórica) e que as verdades científicas são sempre aproximações sucessivas à realidade, mas que, efectivamente, não são a verdade absoluta porque esta não existe (em si); ela é apenas um guia orientador, um ideal para o qual as teorias científicas tendem como nos mostram tanto Popper como Kuhn.
Desta palestra retive algumas ideias centrais, as quais serão úteis no domínio da epistemologia (11º ano) nomeadamente para mostrar como as teorias científicas não são verdades absolutas, mas sim hipóteses em construção, muitas vezes destronadas por outras melhores. Esta aproximação entre a ciência e a filosofia, através da epistemologia, é central para mostrar que os conhecimentos não são estanques mas sim mobilizadores do entendimento humano na sua globalidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário